sexta-feira, 10 de maio de 2013

Depois de muito tempo...

Depois de muito... muito tempo, volto a escrever alguma coisinha. Termo terrível para um professor de português. Vagando em torna da palavra "coisa", penso em muitas coisas. Com tantas novidades da língua, a palavra coisa, se transformou em verbo... Vamos coisar! ou em termo pejorativo... Ô, coisinha... Ou em adjetivo de supervalorização: Fulano é uma coisa. /predicativo/ E se fosse um substantivo: Ô dona Coisa... Nossa, não era bem isso que queria escrever à 1h.40min. da madrugada. Acho melhor ir dormir... Essas "coisas" podem atrapalhar o meu sono.
E... "Balance a cabeça, leitor!" Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

ESSES MENINOS...


Viram só... Meus alunos do 1º ano do Porto... Ficou muito bom! Balance a cabeça, leitor! Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro!

segunda-feira, 16 de abril de 2012



É bom ler e conhecer... Levanta para cuspir...
De volta a ativa. Em breve novos posts para diversão da galera... Balance a cabeça, leitor! Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro.

GABARITO Exercícios


GABARITO:
Nas frases abaixo, coloque entre parênteses: (M) para Metáfora;  (P) para Personificação/prosopopeia; (H) para Hipérbole.
(P) (M) (P) (M) (H) (H) (M) (P) (M) (H) (M) (H) (P) (H) (M) (M) (P) (H) (H) (P) (M) (H) (M) (P) (M) (H) (P) (M) (H) (H) (M) (M) (M) (H) (M) (P) (M) (M) (M) (M) (P) (M) (P) (M) 


14. d) personificação
15. e) metonímia e prosopopeia
16. d) onomatopeia
17. b) hipérbole

sábado, 5 de novembro de 2011

Aos alunos

A cada dia aprendo que não posso confiar tanto no ser humano. Sábias palavras: "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR! Jeremias 17:5" E tem mais: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Jeremias 17:9" Infelizmente algumas pessoas para esconder o que fazem de errado, acusam! Definitivamente: Não vão manchar minha história. Não conseguirão denegrir minha reputação. Sou professor e não desisto nunca. Alunos vêm e alunos vão, aqueles que fazem a diferença ficam como amigos, guardados no coração. Recado para os alunos: Queiram não simplesmente passar pela minha vida, queiram ficar como amigos. E... "Balance a cabeça, leitor!" Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

LUTO PELA EDUCAÇÃO


LUTO PELA EDUCAÇÃO
CAMINHADA PACÍFICA 
Sábado, 15/10/2011 
“Dia do professor” às 9h. 
Concentração: Praça do Fórum
Não esquecer: camisa preta, nariz de palhaço e apito.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tempo

Ah... o tempo. Há tempo para tudo, como diz a Palavra. Mesmo sabendo disso, não temos tempo... O que fazer? Adaptar-se e aprender a ter pouco tempo para realizar muitas coisas que necessitam de muito tempo para serem feitas. Mas chega! Prosemos sobre outras coisas... Eureka é na próxima semana - vamos dar conta como sempre. Doctum segunda, FUNPAC sábado: aulas preparadas e na ponta da "língua". Próximas postagens garantem exercícios e atividades complementares para todos os alunos seguidores ou não. Grande abraço a todos e... "Balance a cabeça, leitor!" Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eureka 2011


Curso de Língua Portuguesa - DOCTUM Campus Iúna - Aula 1

1. Teoria da Comunicação
      2. Processos de Comunicação

Nenhum indivíduo é capaz de viver só, necessita de contato.
“Há muito se diz que o homem é um ser basicamente social e, para que a tarefa de socialização seja cumprida, é necessário que o homem utilize um instrumento que lhe proporcione a expressão de seus pensamentos, desejos, sentimentos e ideias.”

E para que serve a comunicação?
Serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se mutuamente e a realidade que as rodeia.

3. Elementos da Comunicação
Linguista francês Roman Jakobson.

REFERENTE
   CÓDIGO
EMISSOR      =>       MENSAGEM             =>       RECEPTOR
                                       CANAL
A)   SENSORIAL
B)   TECNOLÓGICO
           
            PROBLEMAS
Ruído: interferência indesejável:
Um borrão na mensagem escrita;
Uma sirene durante um diálogo;

Entropia: desorganização da mensagem
Menina vi uma eu.
“Distante no muito as estrelas límpido céu brilhavam divinamente.”

Redundância: repetição, objetivando clareza.
Aqui, neste lugar, onde tu te encontras com tua família, aconteceram fatos que mudaram o mundo.

4.Texto para as questões seguintes:

Comunicação

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
___ Posso ajudá-lo, cavalheiro?
___ Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...
___ Pois não?
___ Um... como é mesmo o nome?
___ Sim?
___ Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.
___ Sim, senhor.
___ O senhor vai dar risadas quando souber.
___ Sim, senhor.
___ Olha, é pontuda, certo?
___ O quê, cavalheiro?
___ Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um..., um... uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?
___ Infelizmente, cavalheiro...
___ Ora, você sabe do que eu estou falando.
___ Estou me esforçando, mas...
___ Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?
___ Se o senhor diz, cavalheiro.
___ Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.
___ Sim, senhor. Pontudo numa ponta.
___ Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?
___ Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor desenha pra nós?
___ Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho.
___ Sinto muito.
___ Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um débil mental, como você está pensando.
___ Eu não estou pensando nada, cavalheiro.
___ Chame o gerente.
___ Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer é feita do quê?
___ é de, sei lá. De metal.
___ Muito bem. De metal. Ela se move?
___ Bem... é mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim.
___ Tem mais de uma peça? Já vem montado?
___ É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.
___ Francamente... 
___ Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa.
___ Ah, tem clique. É elétrico.
___ Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.
___ Já sei!
___ Ótimo!
___ O senhor quer uma antena externa de televisão.
___ Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...
___ Tentemos por outro lado. Para que serve?
___ Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa.
___ Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais  ou menos como um gigantesco alfinete de segurança e...
___ Ma é isso! É isso! Um alfinete de segurança!
___ Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!
___ Mas é que eu sou um pouco expansivo. Me vê aí um... um.... Como é mesmo o nome?

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comunicação. In: Amor brasileiro. Rio de Janeiro, José Olympio, 1977. p.143-5

Análise textual e discussão de ideias.
a)    Com exceção do primeiro parágrafo, o restante do texto é um diálogo. Quais são as personagens que estão conversando?
b)    Qual é a grande dificuldade do comprador?
c)    Observe as falas transcritas abaixo:
            I “___ Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
II “___ Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo.”
           Quem pronuncia essas frases?
d)    Você concorda com o comprador quando ele afirma que não saber o nome da coisa é só um detalhe? Justifique sua resposta.
e)    Podemos afirmar que tanto o vendedor quanto o comprador não sabiam o gênero a que pertencia o objeto. Que falas nos permitem fazer essa afirmação?
f)     Que pedido do vendedor deixou o comprador bastante irritado?

5.    Interação da Comunicação
Signo linguístico
Processo simbólico e arbitrariedade do signo
Charles Morris diz que “signo é toda coisa que substitui outra”.
O signo é arbitrário pois para representar o animal “cão”, usa-se: cão, dog, cane, perro, chien, etc., porém não há nada no animal que se relacione com o signo verbal. É através do uso que essa representação vai se consagrar.


Codificar: Transformar num código conhecido, elaborar um sistema de signos;
Decodificar: Decifrar a mensagem;
Feedback: Resposta pela qual se sabe se a sua mensagem foi decodificada pelo receptor.
Conotação: Sentido Figurado
Denotação: Sentido Real


6. A Linguagem
Língua e Linguagem      


Todo ser humano ao nascer possui uma predisposição que faculta a aquisição da linguagem. Pois necessita se comunicar.
Quando um bebê sente algo (fome, sede, dor, etc.) ele sente a necessidade de se comunicar. Então a sua maneira diz para os adultos o que está sentindo.
A linguagem tem um lado social e um individual, sendo impossível dissociá-los.
A linguagem evolui.
O aprendizado da linguagem consiste na imitação, visto que sem o convívio social, a linguagem pode se atrofiar.


LÍNGUA: Língua é a forma em que a linguagem se apresenta.
Linguagem: macro
Língua: micro

FALA x ESCRITA.
Fala é mais momentânea, sem muita preocupação formal, carregada de vícios, de sotaques e regionalismos.
Já a escrita é mais pensada, existe uma preocupação formal e ela é padronizada.
A comunicação não é regida por formas fixas e imutáveis. Ela pode transformar-se, através dos tempos.
A comunicação é diferente pois devemos considerar: época, região geográfica, ambiente e status sócio-cultural dos falantes.

A língua falada pode ser:
·         Culta (padrão)
Temos conhecimento de que alguns casos de delinquência juvenil no mundo hodierno decorrem da violência que se projeta, através dos meios de comunicação, com propagandas que enfatizam a guerra, o roubo e a venalidade.
·         Coloquial (familiar, espontânea, com pequenos erros)
__ Cadê o livro que te emprestei? Me devolve em seguida, sim?
·         Vulgar ou inculta (foge do padrão, típica de pessoas sem instrução)
__ Nóis ouvimo falá do pograma de tevelisão.
·         Regional (sotaques; altura, timbre, intensidade; macaxeira, mandioca e aipim, etc.)
A la pucha, tchê! O índio está mais por fora do que cusco em procissão – o negócio hoje é a tal de comunicação, seu guasca!

·         Grupal:
Técnica (juízes, médicos, etc.)
O materialismo dialético regeita o empirismo idealista e considera que as premissas do empirismo materialista são justas no essencial.

·         Gíria (surfistas, skatistas, etc.)
O negócio agora é comunicação, e comunicação o cara aprende como material vivo, descolando um papo legal. Morou?
Obs.: Quando a gíria é grosseira recebe o nome de CALÃO.


A língua escrita pode ser:
a)    Não-literária: referencial, objetiva, realidade, etc.
b)    Literária: subjetiva, emotiva, ficção, sensibilidade, etc.

Discussão de ideias:
“A Língua é o que é, e não o que poderia ou deveria ser: ela é como a fizeram e fazem os que a falam e falam”. Celso Pedro Luft

“É a fala que faz evoluir a Língua”. Ferdinand Saussure

“A Língua é um bem pessoal, na medida em que é um bem coletivo”.
Tatiana Slama-Casacu

Formule uma associação entre as três citações de acordo com os conhecimentos até aqui desenvolvidos, exponha e argumente a respeito de forma clara e concisa.

Concepções da Língua

TEXTO, CONTEXTO, INTERTEXTUALIDADE, AMBIGUIDADE, SITUACIONALIDADE, INTENCIONALIDADE e POLIFONIA.

1.    Língua: Representação do pensamento
Sujeito: dono de suas vontades e ações
Texto: produto lógico do pensamento
Sentido: dado pelo texto (receptor é passivo)

2.    Língua: Estrutura, Código, instrumento de comunicação
Sujeito: assujeitado
Texto: codificado
Sentido: explícito (receptor é passivo)

3.    Língua: Lugar de interação
Sujeito: ativo, reprodutor
Texto: lugar de interação
Sentido: contruído na interação; pressupostos

6. Linguagem verbal e não-verbal

Todos os homens (...) se empenham dentro de certos limites em submeter a exame ou defender uma tese, em apresentar uma defesa ou uma acusação. A maioria das pessoas fazem-no um pouco ao acaso, sem discernimento; as restantes, por força de um hábito proveniente de uma disposição. Como de ambos os modos se alcança o fim almejado, é óbvio que se poderia chegar à mesma meta seguindo um método determinado. 
(Aristóteles) 

7.    Funções da linguagem
a)    Referencial
b)    Metalinguística
c)    Fática
d)    Poética
e)    Emotiva
f)     Apelativa


8.    Considerando o que constitui a língua:
Fonologia: Estuda os menores segmentos que formam a língua, isto é, os fonemas;
Morfologia: Estuda as classes de palavras, suas flexões, estrutura e formação;
Sintaxe: Estuda as funções das palavras nas frases;
Semântica: Estuda os sentidos das frases e das palavras que a integram.

9.    Variante linguística
“Erro de Português” - Preconceito linguístico
Aluno vem de casa com a oralidade, afetividade e informalidade.
A correção como “ERRO” é preconceituosa. É dizer que tudo o que o aluno aprendeu até agora é errado.
               ·         Variante Padrão e Não-Padrão;
               ·         Nossa língua é basicamente vocálica
               ·         Reprodução do triângulo das vogais

  • Valorizar o uso da Língua em diferentes situações e contextos sociais;
  • Variedades de estilo e modos de falar;
  • Reflexões sobre as diferentes possibilidades de emprego da Língua.
  • Rejeitar a tradição de ensino “transmissiva”: Regras e conceitos prontos; memorização; reprodução mecânica.
Este foi o material da primeira aula. Espero que tenham gostado. Na próxima semana tem mais. Abraço a todos e... "Balance a cabeça, leitor!" Levanta para cuspir que já está babando no travesseiro...